Há alguns
dias, pensei comigo mesmo: “não vou escrever outro texto pro dia das mães.
Já escrevi ano passado. Chega de ficar falando da minha “véia” pra todo mundo. Ninguém
vai querer ler texto repetido. As pouquíssimas pessoas que abrem essa página,
merecem ler coisas novas.”
Tudo estava
indo segundo meu plano de não falar do mesmo assunto de novo, até que a mesma
moça do pastel surgiu outra vez esse ano(Pra quem não leu o outro texto, o link
é esse: http://100terporque.blogspot.com.br/2012/05/mae.html)
. Fiquei meses sem vê-la e por pura coincidência,
a vi ontem na véspera do dia das mães. Quando olhei pra ela, todos os
pensamentos do texto anterior sobre minha mãe vieram a minha mente
instantaneamente.
A partir
disso, comecei a pensar: “por que não escrever outro texto pro dia das mães? Aquele
trem lindo e maravilhoso que vive tão longe de mim continua a me fazer muita
falta. Lembro dela todos os dias. Sinto falta do seu boa noite, todas as vezes
que vou dormir. Sinto falta de sua presença ao meu lado, todos as refeições que
cozinho minhas porcarias. O sentimento é o mesmo um ano após tudo aquilo, logo
tenho outro texto.”
Minhas palavras
não são tão belas quanto as que ela merece mas o carinho que coloco nelas é
enorme. Espero que esses anos sem ela comigo no dia das mães já estejam
acabando. Torço para que daqui pra frente eu sempre consiga estar com ela nessa
data que é sua mas que seria perfeita pra mim se eu pudesse vê-la. Talvez ano
que vem eu possa ir pra terra do pequi para vê-la. Talvez ela possa vir me
visitar na selva de pedra paulista. Ou talvez nos encontremos em Fernando de
Noronha pra curtirmos seu dia na praia, tomando água de coco e comendo camarões
(o governo ainda não me cobra imposto por sonhar, então me aproveito bem desse artifício).
Estou tentando
ligar pra ela agora mas só cai na caixa. Tomara que esse filho carente aqui
consiga um pouquinho de atenção até a hora do almoço. Obrigado por lerem mais
um texto de mesmo tema e ajudarem um filho distante a se expressar.
Jean