quarta-feira, 30 de maio de 2012

Cantadas de Pedreiro


       Sou apaixonado por cantadas de pedreiro. Acho que essa paixão pode ter influenciado na minha escolha por engenharia civil. Não creio que funcionem. São tão ridículas que nunca tive coragem de usá-las na tentativa da conquista. Entretanto são tão engraçadas que acho que o mundo seria mais triste sem elas. Quem nunca riu de uma cantada do tipo “você gosta de toddynho? Porque eu posso ser toddynho seu!” ? ou então “você não é pescoço, mas mexe com a minha cabeça”?
       Sinto muito pelas pessoas que não aproveitam o prazer de rir dessas coisas. Eu já ri muito ao ouvir por exemplo “eu não sei com quantos paus se faz uma canoa, mas sei que com apenas um seu pai fez um avião” .
       E você, gatinha que está lendo meu texto, gosta de estrelas? Sim? Porque eu conheço um motel que tem cinco.
       Jean Michell Santiago

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Semanas de Provas


       Quando recomeçam as aulas de um novo período, muitos prometem que vão estudar desde o começo de forma contínua e responsável, outros esperam que as matérias sejam mais fáceis que as últimas estudadas e certos seres torcem para terem ficado mais inteligentes nas férias pra não terem que estudar. Entretanto, ninguém pensa quão sofridas serão as semanas de provas.
        As semanas de provas são, sem dúvida alguma, as três semanas mais intensas de todo o semestre da facu. É uma pena que toda essa intensidade seja vivida em momentos de esforço e sacrifício. Se o Interusp ou a G4 durassem sete dias, aí sim teríamos a semana mais intensa do ano sem nenhum tipo de sacrifício.
        Infelizmente, o fato é que festas não duram sete dias ininterruptos, apenas provas atingem tal façanha. Durante esse período, são poucos os felizardos que estão de consciência tranquila e apenas dão uma revisada na matéria. A maioria dos alunos está despreparada pra maioria das provas e tenta tirar o imenso atraso nas vésperas de provas.
        Já vi incríveis façanhas serem atingidas: maratona de estudos de quase 24 horas seguidas, regada a litros de energético, que termina no momento anterior a prova ou então várias noites viradas de forma consecutiva com pequenos cochilos a tarde. O que é mais incrível não é o tempo sem dormir, é como essas loucuras funcionam e bons resultados são atingidos(algumas vezes).
        O estudante politécnico trabalha sob pressão e sob demanda. A maioria de nós só estuda quando a água bate na bunda e a intensidade do estudo depende da quantidade de nota que precisamos na prova seguinte.
        Resumindo, semana de provas é o momento em que o filho chora e a mãe não vê e em que 5 horas de sono a noite são um luxo que poucos tem. Hoje é terça-feira,a semana de provas acabou de terminar e eu não consigo convencer meu organismo que amanhã não é sábado. Torço para que todos tenham ido bem, apesar de saber que isso não tenha acontecido.
         Jean Michell Santiago   

domingo, 13 de maio de 2012

Mãe


       Fui a feira. Após comprar algumas poucas frutas, fui a barraca dos pasteis matar minha vontade de comer esse prato frito tão gostoso. Fui atendido por uma moça muito simpática. Na hora de pagar a conta, a moça somou meus pasteis errado e me cobrou um valor inferior ao correto. Eu a corrigi e paguei o valor certo. Ao notar minha honestidade, ela abriu um grande sorriso, deu-me um brinde e disse “muito obrigado e quando chegar em casa,dê um grande beijo na sua mãe”.
       A educação e paz de espírito da moça deixaram meu dia muito mais agradável. Já suas últimas palavras tocaram no fundo do meu coração. Frequentemente, tudo que eu mais gostaria seria poder chegar em casa e dar um grande beijo na minha mãe. Sinto falta dela todos os dias. Estudar em uma grande universidade é bom, morar em São Paulo, fora da casa do pais, me fez e ainda me faz crescer muito. Entretanto, diversas vezes já me questionei se tudo isso vale mais que a convivência com minha família, em especial com meus pais.
       Quando estou em Goiânia, é sempre muito bom poder chegar em casa e abraçar minha mãe. É indescritível como ela sorri ao me ver e como seus abraços e beijos são sempre deliciosos. É incrível como ela gosta de cozinhar pra agradar as pessoas. Mesmo ,em certas situações, fazendo pratos que ela não gosta, ela capricha pra que outros saboreiem maravilhas da culinária.
       Sei que em vários momentos ela sacrifica seu bem estar pelo bem estar da família. Sem falar que em diversos momentos o beneficiado por esses seus sacrifícios, fui eu. Sou eternamente grato por tudo que ela fez e continua a fazer por todos.
       Esse texto não estava nada programado e nem um pouco pensado. Espero que esteja pelo menos próximo do que eu sinto por ela. Pra ela tenho três palavras: EU TE AMO.
       Jean Michell Santiago    

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Vila de novo


Meu primeiro texto foi sobre uma das minhas paixões mais antigas e nunca mais toquei no assunto. Realmente a situação está feia mas não era esse o motivo da pausa. Acho que faltava apenas o momento certo.
Fui no segundo jogo da semifinal do campeonato goiano. Por incrível que pareça, não estou arrependido por ter ido no jogo. Sinto-me bem por ter apoiado meu time.
Não estou revoltado com a desclassificação, muito menos com a derrota de três a zero perante aos moxés, até porque se não fosse o desânimo causado pelo primeiro gol, o placar não seria esse. Estou apenas triste. Triste com a falta de possibilidades de melhora.
Meu sentimento para com os dirigentes do time é o mesmo que para com a política brasileira: alguns envolvidos estão mal intencionados e querem apenas se aproveitar da situação para ter algum tipo de benefício, outros tem boas intenções mas não conseguem resolver os problemas.
Esses que querem apenas lucrar nas costas do meu tigrão e da torcida tem mais é que se foderem. É uma grande sacanagem prejudicar a alegria da torcida e o trabalho de quem quer ajudar o Vila, pra roubar.
Torço para que os que realmente querem melhorar o colorado goiano possam se unir e consigam afastar os mal intencionados. Entretanto, não vejo isso acontecendo. Quem quer ajudar as vezes se perde em problemas pessoais no clube e mesmo com boas intenções se atrapalha. E os mal intencionados aparentam estar cada vez mais presentes.
Derrotas fazem parte do futebol, até o imbatível Barcelona mostrou que não existem times imbatíveis. Mas a derrota não pode se tornar frequente e a quarta colocação num campeonato goiano, em que só deveriam haver dois obstáculos pro título, não pode ser satisfatória.
Mesmo descrente, torço para que consigamos retornar a série B. A segunda divisão é ruim, mas a terceira é muito pior.
VIIIIIIIILA!
Jean Michell Santiago