segunda-feira, 30 de abril de 2012

Existe magia?


Ouvindo uma música(sertaneja, pra não perder o costume) lembrei-me de uma grande amiga que conheci ano passado. Ela muito mística e eu meio cético sobre os acontecimentos da vida.
Certo dia fui fazer arroz pro almoço, e ficou horrível, tinha gosto de nada com coisa nenhuma. Ela me disse que por estar preocupado eu fiz um arroz que faltava amor. Mas eu tenho certeza que faltou foi alho e cebola.
Jean Michell Santiago

domingo, 29 de abril de 2012

Ventania


É incrível andar na rua no momento de forte ventania, parece um resumo rápido da vida. O vento sopra pra todos os lados de forma aleatória. Não sei como me preparar. Tudo vai acontecendo. As vezes, sou incentivado a ir pro lado que desejo ir. Outras vezes, sou empurrado pra lados que não desejo ir.
Em certas oportunidades, o vento pra lados não desejados me faz ver coisas que não veria sem as dificuldades, essas visões inesperadas podem me fazer mudar de objetivo. Em outras oportunidades, o vento que parece me ajudar, me atrapalhará no futuro.
Quando enxergo tudo com muita clareza posso ser atingido por um pouco de areia nos olhos, não ver mais com tanta clareza e sentir dor. Em alguns momentos prefiro andar com os olhos um pouco fechados, não ver com tanta clareza mas não sentir dor. Cada um faz as escolhas que acha melhor. O problema é o fato de que andar com a vista não adequada pode me fazer cair num buraco e sentir muito mais dores do que um pouco de areia nos olhos.
E no fim, o mais legal é apenas curtir as diferentes sensações que me são propostas, sem nunca esquecer de ter um objetivo, pra não ficar apenas perambulando sem rumo.
Jean Michell Santiago

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Voo Perdido


Sempre achei que os problemas não resolvidos pela engenharia poderiam ser resolvidos se houvesse vontade . Atualmente,  vejo que estava certo: o homem é capaz de cuidar de problemas que nos atormentam todos os dias, entretanto pouco é feito.
No transporte aéreo brasileiro, não é diferente.Hoje, ele me decepcionou mais uma vez. Eu sempre me mantenho pessimista quanto às condições de qualquer tipo de transporte no Brasil e mesmo assim ele consegue ficar abaixo do meu esperado.
Cheguei no Aeroporto de Congonhas uma hora antes do voo, a antecedência indicada pelas companhias aéreas. Tendo certeza que sobraria tempo, já que viajaria numa quinta feira. Devido a uma fila inaceitavelmente  grande para o check in , perdi muito tempo esperando e percebi que não conseguiria embarcar a tempo. Quando fui falar com um funcionário, ele me aconselhou, de forma errada, a ir na loja da companhia aérea para remarcar minha passagem.
Desesperei-me, pensando que perderia meu voo e teria que pagar um preço absurdo na passagem pra poder ir pra minha terrinha querida. Após conversar com meu pai, decidi ir até ao balcão de atendimento furando fila pra tentar pegar o avião que já havia pagado passagem. Infelizmente, já era tarde. Tive que pagar uma taxa pelo “não comparecimento pro voo” e consegui me transferir pro voo seguinte de Congonhas pra Goiânia(que como a maioria, se atrasou).
O lado positivo é que, apesar do imprevisto, fui pra Goiânia no mesmo dia. Entretanto ficarão na minha mente dois pensamentos como moral da historia: primeiro que a infra estrutura aeroportuária é ridícula visto que o Brasil quer sediar um copa do mundo de futebol e o país não consegue nem suportar suas necessidades cotidianas de transporte interno; segundo que em nossa pátria as coisas só se resolvem quando fazemos escândalo e furamos fila , se tivesse dado o grito no momento em que cheguei na fila pro check in, não teria perdido o voo.
Jean Michell Santiago

domingo, 15 de abril de 2012

Decepção

Hoje, em uma dessas tardes em que o tédio te domina e não deixa você levantar do sofá, comecei a me questionar sobre todas as decepções que carrego. É eu sei! É dramático para quem não possui nem duas décadas de vida, mas é a realidade. Pensei muito sobre qual a minha parcela de culpa nessas decepções, é...não é pouca não! Muitos amigos me alertaram, minha mãe falou e por aí vai. Só que quando se é teimoso, você quer que prevaleça aquela historinha de ‘eu sei o que estou fazendo!’ e  é aí que acontece a catástrofe para não falar um outro termo chulo. No fim das contas só sei que cansei! Cansei de ser a manézona que cria expectativas demais sobre as coisas! Perguntei-me: “Quando é que você vai cair na real?!?” e minha própria consciência respondeu: “Vamos acordar para vida minha filha, está passando o tempo e você está aí!!”. É, eu não tenho ilusões do tipo que sou a cinderela e vou encontrar um príncipe rico,lindo e perfeito com um cavalo branco modelo 2012 conversível, mas eu acreditava que o meu curso era o melhor do mundo, que era capaz de ser formar com 90% de aproveitamento, que todas as pessoas ao meu redor possuíam ao menos um pouco de caráter e altruísmo. Eu dancei, porque NADA é assim!! Às vezes é preciso ficar 500 km de casa, sem família e com um bando de desconhecidos para aprender o que é amadurecer e compreender que a vida não é aquele jardim lindo e perfumado que a gente acha que vai encontrar. O mundo aqui fora é cruel, você vai quebrar aquela linda carinha, que a mamãe zelou tanto, inúmeras vezes e será por coisas e pessoas que não possuem valor algum diante da sua vida. Decepção mata sim! Destrói a pessoa que você foi um dia. Depois de desilusões em amizades e no amor , você vira um chato neurótico. Desconfia da própria sombra e por algum motivo deixa de demonstrar seus sentimentos e começa a ter a idéia que todo mundo que aproxima de você é só para puxar o seu tapete. Você fica prevenido, eu sei, mas e as grandes amizades que você perde? E aquela  paixão que por uma mera desconfiança da sua cabeça você desistiu?Nem ao menos cogitou que era uma neurose sua?

 Talvez decepção ensine a viver...

Ensina a viver na realidade, mostra que ninguém é perfeito e que você também não é! Tá aí, acho que a pior decepção é consigo mesmo. É algo que não se supera! Quando combinada com um perfeccionismo, aí que a coisa fica séria mesmo. Só sei que nesses trancos e barrancos a gente leva a vida...um dia feliz, outro se sentindo um mendigo na Av.Paulista... Decepção ensina a viver sim! Ensina a você a não cometer os mesmos erros novamente, a traçar um caminho diferente e assim se desiludir menos ;)


Ley

Sobre crescer...

Em algum lugar por aí escutei falar que “Crescer dói!”, de começo não acreditei muito, não coloquei muita fé nesse papo, apesar de ter sido uma pessoa experiente  que falou. Sei lá...era uma pessoa de outra geração, de um tempo mais rígido. Mas, não demorou muito para eu entender que era a mais pura verdade! Amadurecer é um tanto trabalhoso, é dolorido, deixa marcas, é sofrido e essa maturidade é cobrada quando você está menos preparado. Se tornar “adulto” é um processo lento, vejo que  idade é o que menos conta nisso. E aquela história de que mulheres amadurecem mais rápido que homens é relativo, falo por mim. Acho que fui uma pré-adolescente diferente da maioria da minha época: não tinha um ídolo por qual morreria, já sabia o quanto era difícil ganhar dinheiro para se manter uma família, não era deslumbrada com roupas e coisas do tipo e creio que isso foi devido a minha criação. Desde cedo exigiram responsabilidade da minha parte referente aos estudos e isso fez com que eu amadurecesse em relação a algumas coisas. Porém, quanto a não confiar cegamente nas pessoas, não sofrer por perdas de relacionamentos os quais eu enquadrava como ‘amizades’ tive que aprender sozinha e com o tempo. Até hoje eu erro e aprendo nesses quesitos! Quantas e quantas vezes eu me pego chorando por uma daquelas traições de  pessoas as quais  confiava muito...é eu sei, ainda não amadureci nisso! Crescer às vezes faz com que você se torne amargo e um tanto ranzinza, é quando você percebe que não tem mais aquela doçura de criança. Queria pode voltar no tempo e ir à época em que ficava feliz em simplesmente ter recreação na sexta, que  amizade não tinha aquele cheiro de desconfiança....saudade que o meu mundo era mais fácil e eu era feliz nele.

Ley

Simplesmente Vazio


O vazio se propaga. Quanto mais as horas passam, mais ele aumenta. Seu crescimento parece exponencial. Não sei mais o que faço da minha vida.
 Procuro distrações, pra que não pense no vácuo que há aqui dentro. Procuro atividades que substituam a satisfação que eu tinha até agora a pouco.
 Acho que enlouquecerei. Ninguém entenderia o motivo. Prefiro o silêncio. Por isso recorro a esse texto, talvez essas palavras se eternizem e algum dia uma sábia alma me entenda. Talvez um dia me recupere e possa ler esses meus últimos momentos de sanidade antes do surto.
Será que conseguirei voltar a ter uma vida normal? Será que o Sol voltará a brilhar pra mim como o fez nos últimos dias?
O vício é engraçado: faz tudo ser melhor do que era por um curto período de tempo e depois faz de minha vida uma desgraça. Como isso pode acontecer?
Necessito de mais. Torcia para que nunca acabasse. Infelizmente, acabou! Não tenho ao que recorrer. Podem surgir parecidas, mas nada igual ao que eu tinha em minhas mãos no passado. Um passado que não é distante se contato em horas mas é um passado muito distante se sentido no meu interior.
As rosquinhas de coco que minha mãe carinhosamente fez e eu trouxe pra São Paulo acabaram. Me diga o que farei agora. PRECISO DE MAIS!
Jean Michell Santiago

terça-feira, 3 de abril de 2012

Aquele Incômodo no Peito


Sabe aquele climinha gostoso em que há um ventinho frio mas nada que incomode? Pois é, ele está presente. Sabe aquele chocolate que tanto combina com vetinho frio? Pois é, ele está na mão. Sabe aquele filminho maravilhoso pra se assistir num climinha gostoso comendo aquele chocolate? Está pronto pra ser iniciado. Sabe aquela pessoa amada pra se abraçar,curtir um romance e se assistir aquele filme, comendo aquele chocolate, sob um cobertor própria para aquele situação de ventinho frio? Ela não está aqui, não sei nem ao menos se ela existe...
Jean Michell Santiago

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Portunglês


Esse meu texto é destinado a esses caras escrotos que ficam colocando palavras em inglês no meio das frases em português. Mano, vai a merda, para com essa porra de ficar falando assim, achando que está sendo mais chique ou coisa do tipo . Você está apenas sendo ridículo.
Nunca escrevi textos desse tipo, entretanto minha revolta diante a frases do tipo “estou meio worried mas in the end tudo vai ficar good” é muito maior que meu conservadorismo como escritor(será que eu tenho algum conservadorismo como escritor?). concordo que a utilização de termos técnicos em línguas estrangeiras, às vezes é necessária, mas fazer um texto em portunglês sem a mínima necessidade é pra foder com meu dia.
Peço desculpas a quem leu o texto e não tem nada a ver com o que foi dito. Porém você homem que fica falando feito uma menininha com essas frases cheias de frufru, vai tomar no cu e pare de desmerecer o português pra ficar puxando saco de inglês, francês ou qualquer outra língua .
Acabo por aqui porque esse texto já está ficando too long(viu como é horrível?!) .
Jean Michell Santiago

domingo, 1 de abril de 2012

Voo de Volta


É incrível como a agitação pré-viagem não muda. Já se passou mais de um ano e continuo excessivamente animado com a volta pro meu antigo e eterno lar. Sinto-me como se estivesse ficando mais livre e mais protegido. Livre pra fazer o que quiser e protegido por ser conhecido por  tantas pessoas e por conhecer tantos lugares em Goiânia.
Tenho grande responsabilidade por essa agitação antes de viajar: ao invés de perder os laços de amizade em Goiás, eu aumento cada vez mais o número de amigos e conhecidos. Já ouvi frases do tipo:”ah, esquece esse povo de Goiás”. Talvez me fizesse bem me desprender de onde não moro, porém não consigo, esses goianos e goianas são muito simpáticos e agradáveis. Quando me dou conta, estou conversando com um pessoa que eu nunca tinha falado e já estou combinando a próxima vez que nos veremos pra tomar uma cerveja e/ou pra bater um papo.
Então, porque sair de casa? Boa pergunta. Questionei-me sobre isso diversas vezes e encontrei boas respostas. Tinha um sonho de estudar na melhor faculdade do Brasil  e corri atrás. Tinha vontade de morar sozinho e segui essa vontade. Acho que o ser humano só evolui quando sai da sua zona de conforto . Saí de minha zona de conforto, espero ter evoluído.
Muita coisa mudou e muitas outras ainda mudaram mas acho que minha essência ainda é a mesma. Ou seja, sempre ficarei empolgado com os voos de volta pra minha terrinha.
Jean Michell Santiago