sábado, 3 de maio de 2014

Momento ajuda ao próximo

Primeiramente, gostaria de mandar um salve para você que foi morar fora da casa dos pais e achou que seria moleza...
Pensou que fazer aquela comida que sua mãe fazia todos os dias seria fácil do que jeito que ela fazia parecer por ter prática de anos e anos. Sabia de nada, inocente!
Só por que você conseguia tomar banho sozinho e lavava sua cabeça sem sua mãe ter de mandá-lo voltar pro chuveiro para um recall de banho, não significava que você iria se dar bem nesse mundão. Se enganou, neném!
Você que achou que seria só mostrar esse sorrisão para o mundo abrir as portas pra você e as coisas chegariam as suas mãos sem esforço, assim como era quando estava na casa da sua avó. Oh, boy!
Não fiz esse texto pra acabar com seu restinho de esperanças de viver sozinho. Como universitário fora de casa, me sinto na obrigação de ajudar o próximo perdido por aí.
Aqui vai uma receita maravilhosa que aprendi nessa vida cheia de experiências interessantes. Leia com atenção, anote esse texto na agenda, salve essa receita no celular e no PC e vá tirar dúvida com sua mãe caso fique confuso com tantas informações ao mesmo tempo:
Existe um negócio chamado miojo, também conhecido como macarrão instantâneo ou lámen. Vá ao mercado, não precisa ser nenhum hipermercado, qualquer ribimboca tem essa maravilha da qual te conto. Compre qualquer um. Já em casa, coloque 250ml de água para ferver no fogão( Se não souber acender um fogão, leia nosso tutorial sobre o assunto). Quando ferver, coloque o macarrão para cozinhar. Quando completarem 3 minutos e meio de cozimento, desligue o fogo. Escorra o excesso de água. Vá colocando o tempero aos poucos e homogeneizando a mistura enquanto isso. Depois disso, dê os três tapinhas da sorte no prato. Sente-se em frente ao PC assistindo um bom canal de youtube (a indicação da semana é o canal Jacaré Banguela) e saboreie essa perfeição industrializada.
Lembre-se de lavar a louça depois, ela não vai se lavar sozinha.
PS1: essa refeição tem a grande vantagem de conter sódio suficiente para o dia todo, portanto com uma porção dela por dia você já estará garantindo as necessidades diárias de pelo menos um nutriente (bem melhor que nada ;) .

Jean Michell Santiago

sexta-feira, 25 de abril de 2014

Despedida

Dizem que a vida é bela. Dizem que existem problemas, mas os prós são muito maiores que os contras. Dizem que sou abençoado e que um certo deus olha por mim. Dizem que várias pessoas não têm nem o que comer por aí e por isso eu devo agradecer e ser feliz.
E se eu quiser me jogar na frente do próximo ônibus que passar enquanto ando pra mais esse dia vazio? E se toda a dor no meu corpo causada pela pancada do ônibus anestesiar minha mente? E se o zunido que ecoar em meus ouvidos me fizer esquecer dos problemas? E se todas as coisas ruins em mim se esvaírem juntamente com minha vida?
Talvez esse mundo seja pouco pra mim. Ou talvez, seja demais pra mim e eu não consiga ver o que é fundamental. Realmente devem existir mais coisas entre o céu e a terra do que sonha minha vã filosofia. Acho que vou abrir mão de tentar entender mais.
A frase dizia “Just stop for a minute and smile”. Acho que vou apenas parar. Quero apenas descansar…
Jean Michell

sexta-feira, 11 de abril de 2014

Ah, Coração

Ah, coração, alguns te desenham todo detalhado tentando expressar a sua imagem real, como fez minha amiga Leyri, outros te desenham daquela forma mais simples e vermelha que todos conhecemos  S2. Acho que nenhuma dessas formas cumpre uma ótima função. Você é muito complexo para ser desenhado em apenas um traço e é muito inexato para ser expresso com tanta precisão como os médicos fazem.
Você podia ser mais fácil de entender. Seu hábito de pulsar incessantemente te faz achar que suas oscilações durante um dia ou minutos são quase imperceptivels. Essas alterações que parecem pequenas pra você me fazem sofrer ou rir descontroladamente, me fazem enfiar a cara em algo que parece sem chances de dar certo.
Reclamo de sua intensidade às vezes, mas é só uma forma de lidar com o sofrimento. Quero mais é viver na intensidade máxima. Quero chegar ao maior ápice possível mesmo que pra isso seja preciso passar por vales profundos. Por isso te peço, coração, pulse o mais forte que você puder e toque sua canção no último volume. Quando houver muitas dores, as superaremos. E quando existir apenas indiferença em seu interior, simplesmente pare de bater.

Jean Michell Santiago

sábado, 5 de abril de 2014

A Volta?

Parei de escrever
Não sei bem o porquê
Desculpas do dia a dia
Sempre aquela velha história da correria

Mas às vezes o coração aperta
E aqui de volta estou
Talvez seja o que o tempo de mim levou
Talvez seja aquela menina tão esperta

Volto de um jeito inusitado
Volto com poemas e versos
Que, confesso, nunca foi meu melhor lado

Com um pouco do meu jeito “engenheiro”
Concluo que aqui não perco tempo nem dinheiro
Estou apenas investindo pra tentar ter o mundo inteiro


Jean Michell Santiago

sábado, 16 de novembro de 2013

Análise Gourmet

Todo crítico de gastronomia que se preze faz uso das sugestões de seus leitores para selecionar os restaurantes que serão avaliados. Como grande analista gastronômico que sou, eu não poderia deixar de trazer minha crítica sobre o restaurante mais comentado pelos politécnicos, o Bandejão. E só posso começar a critica com: o restaurante mais marcante na minha vida.
Existem divergências sobre quantas vezes um crítico deve visitar um restaurante para então publicar sua opinião, a maioria deles visita o estabelecimento apenas uma vez. Eu visitei esse restaurante diversas vezes por semana nos últimos três anos, portanto acredito que tenho um espaço amostral suficiente para analisar todos os aspectos importantes do local (lembrando que todas as visitas tiveram como único objetivo a produção desse artigo que você está lendo). Da mesma forma em que há divergências sobre o número ideal de visitas, também não há unanimidade sobre o número de pratos que devem ser experimentados. O normal é se experimentar 6 pratos: duas entradas, dois pratos principais e duas sobremesas. Mas nas vezes que fui ao Bandeco e pedi carne e ptv e/ou duas sobremesas, eu não recebi um tratamento muito amigável das “tias” então aprendi a fazer avaliações gastronômicas com apenas um pedaço de carne e uma goiabinha.
Todos os dias, não tenho um maitre pra me dizer qual o prato mais relevante ou qual a sugestão do chef mas tenho o grande prazer de escolher entre duas opções incríveis de cardápio e geralmente escolho a mais próxima de onde estou ou a com menos fila. Falando em fila, acho que ela é o grande charme do restaurante, é o local que mais tem conversa, é o local onde há a maior expectativa e é o lugar que aumenta nossa fome e faz com que possamos saborear com mais vontade a excepcional refeição que nos espera duas vezes ao dia.
Para que eu possa ter uma avaliação precisa de todos os pratos que julgo, aprendi a estabelecer padrões de tipos de comida a partir do melhor exemplar de cada tipo de comida que já provei. Por exemplo: meu padrão de frescor ideal em um camarão, por exemplo, vinha de um restaurante de pescados litorâneo. Já o de cozimento vinha de um restaurante francês paulistano. Entretanto, com o passar desses anos de graduação, todas as minhas referências de comida excepcional se voltaram para esses presentes dos deuses que hereges chamam apenas de Bandejão. Minhas fichas de avaliação que se dividiam em couvert, entrada,prato principal e sobremesa e que dividiam os comentários em quesitos importantes para qualquer receita: apresentação, temperatura, qualidade dos ingredientes, cozimento, tempero e harmonia da receita são todas rasgadas quando vou comer em um dos quatro pontos mais importantes da Cidade Universitária Armando Salles (Central, Física, Química e Prefeitura), porque todos os quesitos são marcados como “perfeitos”.
É óbvio,claro e evidente que esse texto pode ser preenchido por vários “só que não”, já que eu estava falando do Bandejão e não de um jantar comemorativo oferecido por Zeus aos humanos. Entretanto, o nosso badalado restaurante universitário cobra apenas R$1,90 para encher nosso bucho no almoço ou jantar. E valorizem todos os animais, vacas, porcos e frangos (principalmente e muito mais frequentemente/quase diariamente frangos) que são sacrificados para podermos no alimentar
Jean Michell
Engenharia Civil – 3º ano



domingo, 13 de outubro de 2013

Power Point

Texto escrito por um grande amigo e publicado no jornal O Politécnico em setembro de 2013:



"Ele virou filme e ajudou a ganhar um Prêmio Nobel da Paz. Veio para facilitar a vida de todos, sempre presente nas salas de aulas das melhores universidades do mundo e em reuniões de grandes empresas. Arrisco até a dizer que uma nova era se iniciou após seu nascimento. Tenho certeza que você já o identificou após essa introduçãozinha barata. Pois é caro leitor, estou falando do Power Point.
Todos conhecem essa ferramenta mundialmente utilizada, prática, de fácil entendimento, feito para se ilustrar conteúdos que se queira passar para terceiros. Parece muito bonito e prático para uma boa aula, porém, muitos professores não utilizam apresentação de slides para ilustrar suas aulas, com figuras, vídeos ou tabelas, mas o utilizam como sua própria aula. Enchem as apresentações de textos e mais textos. De repente, aparece uma figura que, após tantos textos, nem se sabe mais como ela se relaciona com a aula.
A impressão que tenho é que alguns professores se utilizam do crtl +c e crtl +v para evitar a fadiga. Já me acostumei até com slides que misturam partes em português e em inglês, já que copy and paste não vem com Google translator. But, it’s not a problem, a Fuvest approves que everybody sabe English.Mas o ápice da falta de vontade em preparar uma aula que eu presenciei, foi em física II, em que havia slides completamente em francês.
Todo esse descaso em preparar e dar aula só provoca (mais) desinteresse do aluno pela aula.E pra piorar, quando esse aluno for se preparar pra prova, vai ter que usar justamente os slides, tornando os estudos um imenso desprazer. E coisas assim que contribuem para a cultura medíocre do cinco bola. Passar nessas disciplinas representa um grande alívio, independentemente de se aprender ou não o conteúdo.
Não sei qual o problema com o famoso trio GLS (giz, lousa e saliva), escolas do mundo inteiro sempre funcionaram assim. O professor vai construindo o conhecimento junto com o aluno, de modo que este tenha tempo hábil para assimilar todo o conteúdo. E ilustração desse conhecimento que está sendo construído seria ótimo para tornar a aula mais interessante (ou menos maçante pelo menos), mas jamais deveria substituí-la. Infelizmente muitos professores não percebem isso, devem ter tido aulas de didática com slides.

                                                                                                              Diego Andriolo
                                                                                                              Engenharia de Minas – 3° Ano"